Mensagem
Iluminem o mundo e o futuro com a grande luz da esperança
Edição 2112 - Publicado em 17/Dezembro/2011 - Página A1
Mensagem de ano novo
Minhas sinceras felicitações pelo ano de 2012 — Ano da Expansão da SGI de Força Jovem! Este ano surge transbordante de amplas possibilidades. Graças aos seus maravilhosos esforços, entramos numa nova era do Kossen-rufu. A SGI está crescendo como nunca, e muitos jovens, valorosos Bodhisattvas da Terra, emergem espontaneamente sem cessar no mundo todo.
Vamos irradiar brilhantes luzes da esperança para a comunidade, para a sociedade e para o futuro, com os preciosos companheiros que se empenham nos 192 países e territórios, fazendo surgir ardentemente em nossa vida este sol de ano-novo dia após dia.
Recordo-me que, há sessenta anos, em 1952, meu eterno mestre, Jossei Toda, numa reunião de estudo da Divisão dos Jovens, propôs sua visão de “cidadania global”. E, para nós, jovens, ele perguntou se assumiríamos a grande missão do Kossen-rufu: “Vocês se levantarão? Se levantarão?” Minha resposta e meu juramento foi: “Sim! Eu me levantarei!” A partir de então, fiel a esse juramento, tenho me dedicado com meus companheiros e construí a base do Kossen-rufu mundial. Atualmente, inúmeros jovens e sucessores têm esse mesmo espírito e manifestam o Daigan (Grande Desejo). Não há nada mais promissor nem tranquilizador!
O Buda Nitiren Daishonin nos diz: “Por ser a Lei suprema, a pessoa é digna de respeito; e como a pessoa é digna de respeito, a terra é sagrada” (END, v. 3, p. 290).
Qual é a razão da SGI criar tantas pessoas admiráveis no mundo inteiro que se empenham com toda seriedade pela prosperidade da comunidade e da sociedade onde vivem? A resposta está no fato de embasarmos nossas atividades nos escritos de Nitiren Daishonin — um valioso tesouro de sabedoria fundamentada no respeito pela dignidade da vida. E, também, porque avançamos firmemente pondo o Budismo em prática na sociedade.
Este ano também marca o 60º aniversário da obra Nitiren Daishonin Gosho Zenshu [Coletânea de Escritos de Nitiren Daishonin] sob o patrocínio e supervisão do Sr. Toda.
Nikko Shonin, sucessor imediato de Daishonin, diz: “Quando chegar o momento de as sábias palavras deste nosso mestre do Japão [Nitiren Daishonin] serem transmitidas ao mundo, elas serão traduzidas para o sânscrito, o chinês e outros idiomas” (Gosho Zenshu, p. 1.613). Atualmente, os escritos já foram traduzidos para o inglês, chinês, espanhol, francês, para serem lidos em todo o mundo. Qual não deve ser a satisfação de Nitiren Daishonin e de Nikko Shonin!
O Dr. Carlos Rubio, supervisor-geral da edição espanhola do Gosho e professor de Língua e Literatura Japonesa na Universidade Complutense de Madri, disse ter ficado impressionado pelo fato de Daishonin, que nasceu entre o povo, ter defendido a causa da felicidade das pessoas, arriscando a vida no Japão do século 13. Ele expressou também sua admiração pelo firme caráter demonstrado por Nitiren — a quem descreveu como um “lutador”, por causa das batalhas empreendidas e das contínuas perseguições que sofreu durante sua vida.
O Dr. Dennis Gira, supervisor da edição francesa do Gosho, erudito budista e especialista cristão no diálogo inter-religioso, comentou que se as pessoas transcenderem as diferenças religiosas e aguçarem os ouvidos com espírito de diálogo para o que Nitiren Daishonin transmite, encontrarão uma história de "luta espiritual", de profunda base universal. Também descobrirão confiantemente o que é mais fundamental em sua experiência religiosa, que vai além do que elas conhecem, e serão enriquecidas pela filosofia do Buda, uma herança espiritual da humanidade.
Os ensinamentos de Nitiren Daishonin possuem a força para fazer brotar o vigor e a energia vital do indivíduo — transcendendo as diferenças de etnia, de cultura e de idioma. O Budismo é a fonte de inspiração e iluminação que faz fortalecer o comprometimento das pessoas em defender a causa da justiça e do humanismo, promovendo abertura e compreensão ainda maiores.
Declaro para que todos ouçam: esta é a grande filosofia da renovação e da revitalização do ser humano que o mundo atual busca avidamente.
Nos escritos constam: “Não há maior felicidade que ter fé no Sutra de Lótus. Este nos promete ‘paz e segurança' nesta vida e boas circunstâncias na próxima. Jamais permita que os impasses da vida o perturbem. Afinal, ninguém pode escapar dos problemas, nem mesmo santos ou sábios”... “Sofra o que tiver de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida, e continue orando o Nam-myoho-rengue-kyo não importando o que aconteça” (END, v. 3, p. 199).
Quando alinhamos nossa vida com a Lei Mística, não há o que temer. Os membros da SGI, com base no princípio fundamental da esperança denominado "transformação do veneno em remédio", enfrentam quaisquer dificuldades com bravura e sobrepõem, juntos, todos os desafios. É uma indestrutível rede de pessoas dedicadas à causa do bem.
“Uma pessoa de natureza boa quando enfrenta provações torna-se ainda melhor. Uma pessoa que jamais enfrentou dificuldades é apenas superficial.” Esta é a visão aguçada de Henri-Frédéric Amiel, filósofo suíço.
Sofremos com os recentes terremotos do leste japonês, as grandes enchentes da Tailândia, os furacões dos Estados Unidos e outros desastres naturais no mundo inteiro. Da mesma forma, a crise na economia global continua em andamento. Ainda assim, as pessoas se levantaram e estão reconstruindo a vida, empenhando-se de forma admirável.
Apesar de terem também passado por muitas dessas tribulações, nossos membros da SGI esforçam-se com toda coragem para apoiar e ajudar outras pessoas, como indispensáveis pilares da comunidade onde moram, demonstrando o comportamento verdadeiramente nobre dos Bodhisattvas da Terra.
Nitiren Daishonin clama: “Acima de tudo, fortaleça ainda mais seu espírito de procura pelo Caminho, de modo que possa alcançar o estado de Buda nesta existência” (END, v. 6, p. 254) Em qualquer situação, o exercício budista, que busca a realização do Kossen-rufu e a iluminação eterna, deve sempre começar no presente momento e no exato local onde nos encontramos. O “coração” Soka é este espírito iluminado que avança sempre.
Dr. Jim Garrison, conhecido educador norte-americano e ex-presidente da Sociedade John Dewey, disse: “A SGI, apesar de jovem, está em pleno crescimento, suas atividades são totalmente abertas e flexíveis. Enquanto a organização se mantiver assim, transbordante da vontade de aprender e também ensinar, certamente continuará a se desenvolver”.
Meu desejo é desenvolver ainda mais a SGI de Força Jovem. Vamos expandir nossa rede de amizade, com disposição eternamente jovem e corajosa. É assim que se desenvolve amplo estado da vida capaz de enfrentar os desafios, sem esmorecer. Também é fundamental se empenhar nos “dois caminhos da prática e do estudo”.
Este ano, comemoramos o 55o aniversário da “Declaração pela Abolição das Armas Nucleares” do presidente Toda. Em nome de meu mestre, tomei este brado histórico e o disseminei no mundo inteiro. “O mundo é seu palco”, disse-me Toda Sensei. Com essas palavras gravadas no coração, engajei-me em inúmeros diálogos e construí uma grande rede em prol da paz mundial. Meu único desejo é sempre dar o melhor de mim ao Toda Sensei e deixá-lo contente. É por isso que eu jamais hesito e não tenho arrependimentos. Quando nos devotamos para cumprir o juramento Seigan compartilhado por mestre e discípulo, manifestamos naturalmente o máximo da nossa força e de nosso potencial.
Vamos juntos orar vibrantemente o Nam-myoho-rengue-kyo. Vamos fazer pulsar em nossa vida “a maior de todas as alegrias” (The Register of the Orally Transmitted Teachings [OTT], p. 212). Vamos criar de forma triunfante uma magnífica rede de paz, cultura e educação que brilhe como um radiante farol de esperança para a humanidade.
Com força ainda maior que antes, minha esposa e eu estamos sinceramente orando pela saúde, felicidade e segurança de meus amados e respeitados companheiros. Tenham excelente disposição!
Vamos irradiar brilhantes luzes da esperança para a comunidade, para a sociedade e para o futuro, com os preciosos companheiros que se empenham nos 192 países e territórios, fazendo surgir ardentemente em nossa vida este sol de ano-novo dia após dia.
Recordo-me que, há sessenta anos, em 1952, meu eterno mestre, Jossei Toda, numa reunião de estudo da Divisão dos Jovens, propôs sua visão de “cidadania global”. E, para nós, jovens, ele perguntou se assumiríamos a grande missão do Kossen-rufu: “Vocês se levantarão? Se levantarão?” Minha resposta e meu juramento foi: “Sim! Eu me levantarei!” A partir de então, fiel a esse juramento, tenho me dedicado com meus companheiros e construí a base do Kossen-rufu mundial. Atualmente, inúmeros jovens e sucessores têm esse mesmo espírito e manifestam o Daigan (Grande Desejo). Não há nada mais promissor nem tranquilizador!
O Buda Nitiren Daishonin nos diz: “Por ser a Lei suprema, a pessoa é digna de respeito; e como a pessoa é digna de respeito, a terra é sagrada” (END, v. 3, p. 290).
Qual é a razão da SGI criar tantas pessoas admiráveis no mundo inteiro que se empenham com toda seriedade pela prosperidade da comunidade e da sociedade onde vivem? A resposta está no fato de embasarmos nossas atividades nos escritos de Nitiren Daishonin — um valioso tesouro de sabedoria fundamentada no respeito pela dignidade da vida. E, também, porque avançamos firmemente pondo o Budismo em prática na sociedade.
Este ano também marca o 60º aniversário da obra Nitiren Daishonin Gosho Zenshu [Coletânea de Escritos de Nitiren Daishonin] sob o patrocínio e supervisão do Sr. Toda.
Nikko Shonin, sucessor imediato de Daishonin, diz: “Quando chegar o momento de as sábias palavras deste nosso mestre do Japão [Nitiren Daishonin] serem transmitidas ao mundo, elas serão traduzidas para o sânscrito, o chinês e outros idiomas” (Gosho Zenshu, p. 1.613). Atualmente, os escritos já foram traduzidos para o inglês, chinês, espanhol, francês, para serem lidos em todo o mundo. Qual não deve ser a satisfação de Nitiren Daishonin e de Nikko Shonin!
O Dr. Carlos Rubio, supervisor-geral da edição espanhola do Gosho e professor de Língua e Literatura Japonesa na Universidade Complutense de Madri, disse ter ficado impressionado pelo fato de Daishonin, que nasceu entre o povo, ter defendido a causa da felicidade das pessoas, arriscando a vida no Japão do século 13. Ele expressou também sua admiração pelo firme caráter demonstrado por Nitiren — a quem descreveu como um “lutador”, por causa das batalhas empreendidas e das contínuas perseguições que sofreu durante sua vida.
O Dr. Dennis Gira, supervisor da edição francesa do Gosho, erudito budista e especialista cristão no diálogo inter-religioso, comentou que se as pessoas transcenderem as diferenças religiosas e aguçarem os ouvidos com espírito de diálogo para o que Nitiren Daishonin transmite, encontrarão uma história de "luta espiritual", de profunda base universal. Também descobrirão confiantemente o que é mais fundamental em sua experiência religiosa, que vai além do que elas conhecem, e serão enriquecidas pela filosofia do Buda, uma herança espiritual da humanidade.
Os ensinamentos de Nitiren Daishonin possuem a força para fazer brotar o vigor e a energia vital do indivíduo — transcendendo as diferenças de etnia, de cultura e de idioma. O Budismo é a fonte de inspiração e iluminação que faz fortalecer o comprometimento das pessoas em defender a causa da justiça e do humanismo, promovendo abertura e compreensão ainda maiores.
Declaro para que todos ouçam: esta é a grande filosofia da renovação e da revitalização do ser humano que o mundo atual busca avidamente.
Nos escritos constam: “Não há maior felicidade que ter fé no Sutra de Lótus. Este nos promete ‘paz e segurança' nesta vida e boas circunstâncias na próxima. Jamais permita que os impasses da vida o perturbem. Afinal, ninguém pode escapar dos problemas, nem mesmo santos ou sábios”... “Sofra o que tiver de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida, e continue orando o Nam-myoho-rengue-kyo não importando o que aconteça” (END, v. 3, p. 199).
Quando alinhamos nossa vida com a Lei Mística, não há o que temer. Os membros da SGI, com base no princípio fundamental da esperança denominado "transformação do veneno em remédio", enfrentam quaisquer dificuldades com bravura e sobrepõem, juntos, todos os desafios. É uma indestrutível rede de pessoas dedicadas à causa do bem.
“Uma pessoa de natureza boa quando enfrenta provações torna-se ainda melhor. Uma pessoa que jamais enfrentou dificuldades é apenas superficial.” Esta é a visão aguçada de Henri-Frédéric Amiel, filósofo suíço.
Sofremos com os recentes terremotos do leste japonês, as grandes enchentes da Tailândia, os furacões dos Estados Unidos e outros desastres naturais no mundo inteiro. Da mesma forma, a crise na economia global continua em andamento. Ainda assim, as pessoas se levantaram e estão reconstruindo a vida, empenhando-se de forma admirável.
Apesar de terem também passado por muitas dessas tribulações, nossos membros da SGI esforçam-se com toda coragem para apoiar e ajudar outras pessoas, como indispensáveis pilares da comunidade onde moram, demonstrando o comportamento verdadeiramente nobre dos Bodhisattvas da Terra.
Nitiren Daishonin clama: “Acima de tudo, fortaleça ainda mais seu espírito de procura pelo Caminho, de modo que possa alcançar o estado de Buda nesta existência” (END, v. 6, p. 254) Em qualquer situação, o exercício budista, que busca a realização do Kossen-rufu e a iluminação eterna, deve sempre começar no presente momento e no exato local onde nos encontramos. O “coração” Soka é este espírito iluminado que avança sempre.
Dr. Jim Garrison, conhecido educador norte-americano e ex-presidente da Sociedade John Dewey, disse: “A SGI, apesar de jovem, está em pleno crescimento, suas atividades são totalmente abertas e flexíveis. Enquanto a organização se mantiver assim, transbordante da vontade de aprender e também ensinar, certamente continuará a se desenvolver”.
Meu desejo é desenvolver ainda mais a SGI de Força Jovem. Vamos expandir nossa rede de amizade, com disposição eternamente jovem e corajosa. É assim que se desenvolve amplo estado da vida capaz de enfrentar os desafios, sem esmorecer. Também é fundamental se empenhar nos “dois caminhos da prática e do estudo”.
Este ano, comemoramos o 55o aniversário da “Declaração pela Abolição das Armas Nucleares” do presidente Toda. Em nome de meu mestre, tomei este brado histórico e o disseminei no mundo inteiro. “O mundo é seu palco”, disse-me Toda Sensei. Com essas palavras gravadas no coração, engajei-me em inúmeros diálogos e construí uma grande rede em prol da paz mundial. Meu único desejo é sempre dar o melhor de mim ao Toda Sensei e deixá-lo contente. É por isso que eu jamais hesito e não tenho arrependimentos. Quando nos devotamos para cumprir o juramento Seigan compartilhado por mestre e discípulo, manifestamos naturalmente o máximo da nossa força e de nosso potencial.
Vamos juntos orar vibrantemente o Nam-myoho-rengue-kyo. Vamos fazer pulsar em nossa vida “a maior de todas as alegrias” (The Register of the Orally Transmitted Teachings [OTT], p. 212). Vamos criar de forma triunfante uma magnífica rede de paz, cultura e educação que brilhe como um radiante farol de esperança para a humanidade.
Com força ainda maior que antes, minha esposa e eu estamos sinceramente orando pela saúde, felicidade e segurança de meus amados e respeitados companheiros. Tenham excelente disposição!
1o de janeiro de 2012
Dr. Daisaku Ikeda
Presidente da Soka Gakkai Internacional
Presidente da Soka Gakkai Internacional
Frase da Semana
Frase da Semana
Edição 2112 - Publicado em 17/Dezembro/2011 - Página A3
Daisaku Ikeda
“A REUNIÃO DE PALESTRA É FONTE DE ENERGIA para conquistar a vitória e a felicidade. Vamos manifestar nossa gratidão à família que oferece sua casa para o nosso encontro. Vamos louvar a atuação de cada companheiro e marchemos para mais uma batalha vitoriosa!”
Seikyo Shimbun, 11 de dezembro de 2011
Especial
Carta de ano-novo
Edição 2112 - Publicado em 17/Dezembro/2011 - Página A14
Matéria para o Gongyo de Ano-Novo
Recebi cem bolinhos de arroz cozidos a vapor e um cesto de doces. O ano-novo marca o primeiro dia, o primeiro mês, o início do ano e o início da primavera. Quem celebra esse dia tornar-se-á mais virtuoso e será amado por todos. Será como a Lua que gradualmente se torna cheia à medida que se move do Oeste para o Leste ou como o Sol que se torna cada vez mais brilhante em sua trajetória do Leste para o Oeste.
Considerando a questão de onde estão o inferno e o Buda, um sutra diz que o inferno está debaixo da terra enquanto outro diz que o Buda está no Oeste. Entretanto, uma análise mais cuidadosa revela que ambos existem em nosso próprio corpo. De fato, o inferno está no coração da pessoa que insulta seu pai ou desrespeita sua mãe. É como a semente de lótus que contém tanto a flor como o fruto. Da mesma forma, o Buda habita nosso coração. Por exemplo, a pederneira contém o potencial para produzir fogo e as joias possuem um valor intrínseco. Nós, seres humanos, não enxergamos nem nossos próprios cílios, que estão tão próximos, nem o céu distante. Da mesma maneira, não conseguimos compreender que o Buda existe em nosso coração.
Podemos questionar como poderia existir o Buda dentro de nós se este corpo humano, gerado do sangue dos nossos pais, é a origem das três impurezas e o local dos desejos carnais. Entretanto, ponderando reiteradamente, compreendemos ser razoável. A pura flor de lótus floresce do fundo lamacento de um lago; a fragrância do sândalo cresce da terra; as graciosas flores de cerejeira vêm da árvore; a bela Yang Kuei-fei nasceu de uma mulher de classe inferior; e a Lua nasce detrás das montanhas para espalhar a luz sobre elas. A desgraça vem da boca de uma pessoa e arruína-a, enquanto a boa sorte vem do coração e torna a pessoa digna de respeito.
A sinceridade de fazer oferecimentos ao Sutra de Lótus no início do ano-novo é como as flores de cerejeira que desabrocham da árvore, uma flor de lótus que se abre em um lago, as flores de sândalo que desprendem sua fragrância na Montanha das Neves, ou como a Lua começando a subir. Agora, o Japão, fazendo-se inimigo do Sutra de Lótus, convidou o infortúnio de mil milhas de distância, ao passo que aqueles que creem no Sutra de Lótus, reúnem a boa sorte de dez mil milhas de distância. A sombra é formada pelo corpo e tal como a sombra segue o corpo, os infortúnios cairão no país cujas pessoas são hostis ao Sutra de Lótus. Os crentes no Sutra de Lótus, por outro lado, são como o sândalo dotado de fragrância.
Eu lhe escreverei novamente.
Considerando a questão de onde estão o inferno e o Buda, um sutra diz que o inferno está debaixo da terra enquanto outro diz que o Buda está no Oeste. Entretanto, uma análise mais cuidadosa revela que ambos existem em nosso próprio corpo. De fato, o inferno está no coração da pessoa que insulta seu pai ou desrespeita sua mãe. É como a semente de lótus que contém tanto a flor como o fruto. Da mesma forma, o Buda habita nosso coração. Por exemplo, a pederneira contém o potencial para produzir fogo e as joias possuem um valor intrínseco. Nós, seres humanos, não enxergamos nem nossos próprios cílios, que estão tão próximos, nem o céu distante. Da mesma maneira, não conseguimos compreender que o Buda existe em nosso coração.
Podemos questionar como poderia existir o Buda dentro de nós se este corpo humano, gerado do sangue dos nossos pais, é a origem das três impurezas e o local dos desejos carnais. Entretanto, ponderando reiteradamente, compreendemos ser razoável. A pura flor de lótus floresce do fundo lamacento de um lago; a fragrância do sândalo cresce da terra; as graciosas flores de cerejeira vêm da árvore; a bela Yang Kuei-fei nasceu de uma mulher de classe inferior; e a Lua nasce detrás das montanhas para espalhar a luz sobre elas. A desgraça vem da boca de uma pessoa e arruína-a, enquanto a boa sorte vem do coração e torna a pessoa digna de respeito.
A sinceridade de fazer oferecimentos ao Sutra de Lótus no início do ano-novo é como as flores de cerejeira que desabrocham da árvore, uma flor de lótus que se abre em um lago, as flores de sândalo que desprendem sua fragrância na Montanha das Neves, ou como a Lua começando a subir. Agora, o Japão, fazendo-se inimigo do Sutra de Lótus, convidou o infortúnio de mil milhas de distância, ao passo que aqueles que creem no Sutra de Lótus, reúnem a boa sorte de dez mil milhas de distância. A sombra é formada pelo corpo e tal como a sombra segue o corpo, os infortúnios cairão no país cujas pessoas são hostis ao Sutra de Lótus. Os crentes no Sutra de Lótus, por outro lado, são como o sândalo dotado de fragrância.
Eu lhe escreverei novamente.
Nitiren
Quinto dia do primeiro mês
Em resposta à esposa de Omosu
Quinto dia do primeiro mês
Em resposta à esposa de Omosu
A boa sorte vem do coração
Comece tudo de novo a partir de agora
O Buda Nitiren Daishonin escreveu esta carta para a esposa de Omosu, irmã mais velha de Nanjo Tokimitsu, em agradecimento pelos sinceros oferecimentos enviados por ela no início do ano. A carta é datada de 5 de janeiro. Nitiren Daishonin escreveu esta carta no Monte Minobu, nos últimos anos de sua vida.
O ano-novo sempre foi considerado uma época de deixar o passado para trás e começar de novo. De acordo com o calendário lunar japonês utilizado na época de Daishonin, o ano-novo coincidia também com o início da primavera.
Quando uma pessoa se dedica seriamente à prática budista, é sua fé no presente, e não seu carma do passado, que exerce a influência determinante em sua vida. Assim, por meio desse grande poder da fé, podemos “começar a partir de agora”, em qualquer momento que determinarmos. Contudo, o dia de ano-novo é uma ocasião especificamente destacada para esse propósito, quando toda a atmosfera que nos cerca apoia o espírito de começar renovadamente.
O ano-novo sempre foi considerado uma época de deixar o passado para trás e começar de novo. De acordo com o calendário lunar japonês utilizado na época de Daishonin, o ano-novo coincidia também com o início da primavera.
Quando uma pessoa se dedica seriamente à prática budista, é sua fé no presente, e não seu carma do passado, que exerce a influência determinante em sua vida. Assim, por meio desse grande poder da fé, podemos “começar a partir de agora”, em qualquer momento que determinarmos. Contudo, o dia de ano-novo é uma ocasião especificamente destacada para esse propósito, quando toda a atmosfera que nos cerca apoia o espírito de começar renovadamente.
Coração é itinen
Em relação à questão de onde estão o inferno e o Buda, Daishonin afirma que “uma análise mais cuidadosa revela que ambos existem em nosso próprio corpo”. Todos possuímos o poder para manifestar o estado de Buda. Nitiren Daishonin ilustra esse fato com exemplos de alguma coisa magnífica emergindo de algo comum.
A pura flor de lótus floresce no lodo, a perfumada madeira de sândalo cresce em meio à sujeira. Assim como a Lua brilhante surge detrás da escuridão das montanhas para iluminá-las, nossa natureza de Buda, ativada pela recitação do Daimoku, emergirá do interior de nossa vida.
Temos em nosso interior o potencial para o sofrimento ou para a felicidade. Daishonin nos ensina com a frase “A desgraça vem da boca de uma pessoa e arruína-a, enquanto a boa sorte vem do coração e torna a pessoa digna de respeito” que nossa condição de vida predominante depende de nós mesmos. Nesse contexto, “a desgraça vem da boca de uma pessoa e arruína-a” representa uma atitude caluniosa em relação à Lei, ou à dignidade inata da vida.
“A boa sorte vem do coração” indica a fé na Lei Mística. A cada momento, criamos nosso destino com pensamentos, palavras e ações. Estes “três tipos de atos” — pensamentos, palavras e ações — são as três vias abertas ao ser humano para criar o carma. Com um coração cheio de fé, podemos edificar o melhor carma de todos.
“Coração” também pode ser entendido como um itinen (determinação). A vida de um indivíduo, a cada instante, manifesta um dos Dez Mundos que se torna a base de seus pensamentos, palavras e ações naquele momento.
É importante elevar a tendência básica de vida para que as causas que fazemos se originem dos estados mais elevados e não dos estados inferiores. Um coração de fé é aquele que nos permite elevar a nós próprios acima das quatro condições inferiores (Inferno, Fome, Animalidade e Ira) e estabelecer o estado de Buda como nossa tendência básica de vida.
A pura flor de lótus floresce no lodo, a perfumada madeira de sândalo cresce em meio à sujeira. Assim como a Lua brilhante surge detrás da escuridão das montanhas para iluminá-las, nossa natureza de Buda, ativada pela recitação do Daimoku, emergirá do interior de nossa vida.
Temos em nosso interior o potencial para o sofrimento ou para a felicidade. Daishonin nos ensina com a frase “A desgraça vem da boca de uma pessoa e arruína-a, enquanto a boa sorte vem do coração e torna a pessoa digna de respeito” que nossa condição de vida predominante depende de nós mesmos. Nesse contexto, “a desgraça vem da boca de uma pessoa e arruína-a” representa uma atitude caluniosa em relação à Lei, ou à dignidade inata da vida.
“A boa sorte vem do coração” indica a fé na Lei Mística. A cada momento, criamos nosso destino com pensamentos, palavras e ações. Estes “três tipos de atos” — pensamentos, palavras e ações — são as três vias abertas ao ser humano para criar o carma. Com um coração cheio de fé, podemos edificar o melhor carma de todos.
“Coração” também pode ser entendido como um itinen (determinação). A vida de um indivíduo, a cada instante, manifesta um dos Dez Mundos que se torna a base de seus pensamentos, palavras e ações naquele momento.
É importante elevar a tendência básica de vida para que as causas que fazemos se originem dos estados mais elevados e não dos estados inferiores. Um coração de fé é aquele que nos permite elevar a nós próprios acima das quatro condições inferiores (Inferno, Fome, Animalidade e Ira) e estabelecer o estado de Buda como nossa tendência básica de vida.