"A grandiosa Revolução Humana
de uma única pessoa irá um dia impulsionar
a mudança total do destino de um país
e além disso, será capaz de transformar
o destino de toda a humanidade."
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sábado, 27 de fevereiro de 2010
NITIREN DAISHONIN
Nitiren Daishonin nasceu em 16 de fevereiro de 1222, em Kominato, na Província de Awa, a leste da atual Baía de Tóquio, como filho de uma família de pescadores. Seu pai chamava-se Mikuni no Tayu e sua mãe, Umeguikunyo.
Quando nasceu recebeu o nome de Zenniti-maro, e com a idade de 12 anos entrou para o templo Seityoji a fim de estudar o budismo.
Com dezesseis anos, entrou para o sacerdócio, tendo como mestre o bonzo Dozen-bo, e recebeu o nome de Zesho-bo, Rentyo. Desse dia em diante, devotou-se inteiramente ao estudo de todas as escrituras budistas.
Ele visitou os principais templos e leu todos os sutras e tratados. Como resultado, aprendeu a essência do budismo, compreendendo a doutrina e o método para a salvação de todas as pessoas. Após dezesseis anos de estudo e prática, compreendeu que o ensino fundamental do budismo é o Sutra de Lótus.
Ao meio-dia de 28 de abril de 1253, no templo Seityoji, ele proclamou o Nam-myoho-rengue-kyo como único e verdadeiro ensino de Mappo, estabelecendo o Verdadeiro Budismo. Estava então com 32 anos (1) de idade.
Nessa ocasião, nomeou a si próprio de Nitiren (literalmente, Sol de Lótus).
Quando Daishonin declarou a Verdadeira Lei, refutou a seita Nembutsu (ou Jodo) afirmando ser a causadora do inferno de incessantes sofrimentos. Isso despertou o ódio de Tojo Kaguenobu, lorde da área e seguidor da seita Nembutsu. Banido de Seityoji, Daishonin foi para Kamakura, a sede do governo na época.
Numa pequena cabana, num local chamado Matsubagayatsu, ele iniciou sua atividade para a salvação de todas as pessoas.
Nos dias de Nitiren Daishonin, as três calamidades e os sete desastres (2) aconteceram sucessivamente. Em particular, um grande terremoto abalou Kamakura em agosto de 1257, e destruiu quase todos os seus principais prédios. Tendo como motivo esse terremoto, Daishonin visitou o templo Jissoji para ponderar sobre a causa das três calamidades e dos sete desastres e também sobre como erradicar essa causa. Foi durante sua estada nesse templo que Nikko Shonin tornou-se seu discípulo.
No dia 16 de julho de 1260, Nitiren Daishonin endereçou um tratado intitulado Rissho Ankoku Ron (A Pacificação da Terra por meio da Propagação do Verdadeiro Budismo) para Hojo Tokiyori, um ex-regente que exercia enorme influência sobre o governo da época.
O tratado afirmava que a causa das três calamidades e dos sete desastres estava na calúnia das pessoas à Verdadeira Lei e na aceitação de doutrinas que contradiziam o ensino do Buda.
Entretanto, Tokiyori rejeitou a admoestação de Daishonin. Enquanto isso, com o apoio de Hojo Shiguetoki, o pai do então regente Hojo Nagatoki, um grupo de seguidores da seita Nembutsu reuniu-se em Matsubagayatsu, na cabana de Daishonin, para assassiná-lo. Esse acontecimento é conhecido como “Perseguição de Matsubagayatsu”, e ocorreu na noite de 27 de agosto de 1260.
Daishonin escapou por pouco dessa perseguição, mas foi banido para a localidade de Ito, na Província de Izu, em 12 de maio de 1261. A ordem do regente — o exílio — foi na realidade uma decisão ilegal embasada somente em seus sentimentos pessoais.
Em fevereiro de 1263, Hojo Tokiyori emitiu o perdão permitindo que Daishonin retornasse a Kamakura. No dia 11 de novembro de 1264, quando Nitiren Daishonin ia visitar Kudo Yoshitaka, chefe do poderoso clã em Awa e um de seus devotados seguidores, sua comitiva chegou a um local chamado Komatsubara, onde subitamente, a tropa de Tojo Kaguenobu atacou. Essa foi a “Perseguição de Komatsubara”.
No dia 18 de janeiro de 1268, emissários mongóis chegaram a Kamakura levando ordens de submissão ou guerra. Presenciando a invasão estrangeira que ele havia predito no Rissho Ankoku Ron, mais uma vez admoestou os governantes, dizendo que deveriam converter-se ao Verdadeiro Budismo.
No dia 12 de setembro de 1271, Hei no Saemon, chefe da força militar, ordenou que Daishonin depusesse na corte para investigações. Daishonin enfrentou-o destemidamente e advertiu-o sobre a conduta errônea do governo. Como resultado, dois dias depois ele foi preso como um rebelde por guerreiros liderados por Hei no Saemon. Esse chefe militarista arbitrariamente decidiu decapitar Daishonin à meia-noite no campo de execução de Tatsunokuti, em Kamakura.
Entretanto, não foi possível decapitá-lo, pois no momento da execução, “um corpo celeste tão brilhante quanto a Lua surgiu repentinamente na direção de Enoshima e atravessou rapidamente o céu de Sudeste a Noroeste. Era pouco antes da alvorada e estava muito escuro para ver o rosto de qualquer pessoa, entretanto, o objeto clareou todos. O carrasco caiu cobrindo sua face, e seus olhos cegaram-se. Em pânico, alguns soldados fugiram para longe, outros caíram de seus cavalos e outros ainda esconderam-se atrás das selas.” (“Comportamento do Buda”, END, vol.1, pág.163.) Esse acontecimento é chamado de “Perseguição de Tatsunokuti”.
Nesse momento, Nitiren Daishonin abandonou sua condição transitória como Bodhisattva Jogyo, ao mesmo tempo em que provou a si mesmo ser o Buda Original da Suprema Sabedoria. Esse fato é chamado de Hosshaku Kempon (abandonar a forma transitória e revelar a verdadeira identidade).
Após a tentativa malsucedida de execução, o governo decidiu banir Daishonin para a Ilha de Sado. Forçado a permanecer numa pequena choupana, sem alimentos e em meio a um frio intenso, ele sofreu ataques contínuos por parte dos bonzos inimigos que viviam no local. Apesar de viver em circunstâncias tão severas, Daishonin escreveu muitas obras importantes nesse local.
O exílio em Sado dividiu em duas fases a vida dedicada à propagação. Desde que recitou pela primeira vez o Nam-myoho-rengue-kyo em 28 de abril de 1253 até o seu segundo exílio na Ilha de Sado, ele somente propagou o Daimoku e não se referiu aos “Três Grandes Ensinos Fundamentais”. Após a Perseguição de Tatsunokuti e seu exílio em Sado, Nitiren Daishonin assume a sua identidade como Buda Original dos Últimos Dias da Lei, ou o Buda Original da Suprema Sabedoria. Posteriormente, ele inscreveu o Gohonzon, expondo seus importantes ensinos e finalmente atingindo o propósito de seu advento — o estabelecimento do Dai-Gohonzon do Verdadeiro Budismo.
Dos escritos que completou na Ilha de Sado, os dois mais importantes são “Abertura dos Olhos” e “O Verdadeiro Objeto de Adoração”. Ele iniciou a preparação de “Abertura dos Olhos” em 1271 e terminou em fevereiro de 1272. Essa escritura é a prova documental da revelação do Buda Original. Nela Nitiren Daishonin expõe que ele próprio é possuidor das “três virtudes de soberano, mestre e pais”, e que é o “Buda Original dos Últimos Dias da Lei”, ou o “objeto de adoração em termos de Pessoa”.
Ele escreveu “O Verdadeiro Objeto de Adoração” em abril de 1273, no qual esclareceu que o Gohonzon é o objeto de devoção para a salvação de todas as pessoas nos Últimos Dias da Lei e a forma como o Daimoku deve ser recitado. Nitiren Daishonin inscreveu a sua condição de vida em forma de um mandala, revelando desse modo o “objeto de devoção em termos de Lei”.
Assim, ele ensina que as pessoas nos Últimos dias da Lei devem abraçar o Gohonzon de nimpo ikka (unicidade de Pessoa e Lei) e recitar o Daimoku com fé a fim de atingir a iluminação nesta vida.
Perdoado de seu exílio na Ilha de Sado em fevereiro de 1274, Nitiren Daishonin retornou a Kamakura em março. Em 8 de abril, apresentou-se perante Hei no Saemon, oficial representante do regente Hojo Tokimune.
Diferente da primeira ocasião, Hei no Saemon mostrou-se gentil e polido quando perguntou a Nitiren Daishonin sua opinião sobre o ataque mongol, e quando isso ocorreria. Daishonin respondeu claramente: “Eles certamente chegarão ainda este ano”, como consta no Gosho “Comportamento do Buda”. Também admoestou os oficiais contra a aceitação de religiões heréticas e solicitou-lhes que buscassem a fé no Verdadeiro Budismo a fim de evitar a invasão.
Entretanto, uma vez mais recusaram a advertência e Daishonin decidiu viver em reclusão na Vila haguiri, situada aos pés do Monte Minobu, na Província de Kai.
Em outubro de 1274, as forças mongóis atacaram Ikki e Tsushima, duas das ilhas situadas no Sudoeste do Japão, e então seguiram para a Baía Hakata, na costa nordeste de Kyushu. Nitiren Daishonin devotou-se totalmente preparando os seus discípulos e trabalhando em volumosas teses tais como “A Seleção do Tempo” e “Retribuição aos Débitos de Gratidão”. Além disso, transferiu oralmente seus profundos ensinos a seu sucessor imediato, Nikko Shonin, os quais se encontram no Ongui Kuden (Registro dos Ensinos Orais), Hyaku Rokka Sho (As Cento e Seis Comparações) e Honnin-myo Sho (Sobre a Verdadeira Causa);
Em 21 setembro de 1279, vinte camponeses e seguidores de Nitiren Daishonin, que viviam Atsuhara, foram injustamente detidos. Eles foram levados a Kamakura e aprisionados, sendo coagidos a abandonar a fé no Budismo de Daishonin, mas persistiram, sem ceder às torturas praticadas pelos guardas de Hei no Saemon. Mais tarde, os três irmãos Jinshiro, Yagoro e Yarokuro foram executados, enquanto dezessete outros seguidores foram banidos de suas terras. Essa foi a “Perseguição de Atsuhara”.
Mais tarde, Daishonin mudou-se para um templo chamado Minobu-zan Kuonji. Depois, transferiu a totalidade de seus ensinos a Nikko Shonin. Em 13 de outubro de 1282, faleceu aos 61 anos (3) na residência de Munenaka Ikegami.
Nota:
1. No sistema japonês de contagem, considera-se que a pessoa já tenha um ano de idade no ano de seu nascimento
2. Três calamidades e sete desastres: Calamidades e desastres causados pela calúnia ao Verdadeiro Budismo. As três calamidades são: guerra, pestes e fome. Os sete desastres são: (1) eclipse solar ou lunar; (2) movimento anormal dos corpos celestes ou aparecimento de cometas; (3) destruição geral pelo fogo; (4) irregularidades meteorológicas tais como tempestades e alterações anormais de temperatura; (5) ventanias e furações; (6) seca prolongada; e (7) destruição do país por lutas internas ou por invasão estrangeira.
3. Vide nota 1.
Fonte:
Apostila Exame de Budismo 2.000, págs. 48-50.
SGI
Jossei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai, nasceu em 11 de fevereiro de 1900 na Província de Ishikawa, Japão, e era o filho mais novo de uma família numerosa. Quando nasceu, seu pai, Jinshiti, estava com 44 anos e sua mãe, Sue, com 39.
Quando Toda tinha dois anos, sua família viu-se obrigada a abandonar o comércio marítimo e a buscar uma nova vida no vilarejo pesqueiro de Atsuta, em Hokkaido, na costa selvagem e tempestuosa do norte do Mar do Japão.
Toda cresceu numa casa simples de madeira próxima do Rio Atsuta. Da janela do quarto onde costumava estudar, apreciava a magnífica vista do oceano. Em certa ocasião, ele disse: “Esta é minha amada praia (1). Fui criado por este mar e pela rigorosidade da natureza.” No inverno, podia-se ouvir o ruído dos pingentes de gelo que caíam. Toda sempre ansiava pela primavera e se sentia feliz quando ela finalmente chegava.
Sabendo que as groselhas eram abundantes na nascente do Rio Atsuta, ia visitar os agricultores rio acima, carregando com ele um pacote de algas marinhas. Trocava-as por groselhas, que por sua vez vendia, usando o dinheiro para comprar presentes para seus pais.
Aos oito anos, perdeu o irmão mais velho. A morte chocou-o profundamente e deixou nele uma impressão duradoura. Pelo resto da vida, não conseguiu deixar de lado a preocupação com as grandes questões da vida e da morte. Ainda criança, esses problemas começaram a tomar forma em sua mente.
Toda foi um menino inteligente e sensível, apesar de não ter sido robusto. Demonstrou grande inclinação para os estudos, e particularmente era hábil em álgebra. Nos níveis superiores era freqüentemente chamado para substituir o professor nas aulas. Concluiu com honra o curso na Escola Atsuta, em 1914, mas não pôde continuar os estudos. Embora o diretor da escola e outros amigos lamentassem sua saída, ele foi obrigado a trabalhar para ajudar no sustento da família.
Devido às condições financeiras, Toda possuía poucos livros. Ao visitar seu professor, ficava admirado ao ver as estantes enfileiradas de livros sobre literatura e filosofia.
Certa ocasião, seu professor questionou-o por que não tentava ler todos, dizendo que os emprestaria um de cada vez até que todas as suas estantes ficassem vazias. Todos os dias, Jossei Toda lia avidamente seus livros. Quando adulto, manifestou que tudo o que era devia a esse grande incentivo recebido.
Para retribuir ao professor, resolveu doar livros para as escolas de Atsuta, surgindo desse ato a tradição da Soka Gakkai de doar livros para bibliotecas de escolas e universidades para promover a educação e a cultura.
Em 1915, entrou como aprendiz na Companhia Kokoro de Saporo, no ramo de atacado de roupas, papelaria e miudezas. Embora o ambiente fosse pouco favorável aos estudos, aproveitava todos os momentos vagos para ler. Dois anos depois, apesar de não possuir curso superior, passou nos exames que lhe davam crédito para professor primário assistente. Em 1918, começou formalmente sua carreira na educação, lecionando na sexta série da Escola Primária Mayati, na desolada região de minas de carvão de Yubari. Toda morava na casa de um mineiro e a família de um dos alunos lhe oferecia as refeições. Embora fosse rigoroso, seus alunos tinham grande carinho por ele e invadiam sua pequena sala após as aulas para estudar e brincar. Apesar de ter permanecido ali por pouco tempo, deixou uma profunda impressão nas crianças, mesmo muitos anos depois, já adultas, ainda se lembrariam dele com afeição.
Enquanto ensinava, Toda dedicava-se a seus próprios estudos e, nos dois anos seguintes, passou nos exames que o habilitariam a lecionar Química, Física, Geometria, Álgebra e matérias regulares do primário. Em 1920, Toda conseguiu firmar-se como professor, mas o vilarejo pobre e distante era muito pequeno para conter suas esperanças. Em março, após se despedir de seus pais, ele partiu para Tóquio.
Seus primeiros meses na capital foram desencorajadores. Sem encontrar cargo no magistério, teve de trabalhar como office boy, além de executar outros serviços temporários. O que o atormentava acima de tudo, mais do que as dificuldades financeiras, foi não ter um mestre que lhe possibilitasse estabelecer visões corretas da vida.
Naquela época, passou a se chamar Jogai, que significa “fora do castelo”. Sem um mestre, ele sentia toa a solidão de um samurai sem um lorde a quem prestar lealdade.
Em meados de agosto, foi apresentado a Tsunessaburo Makiguti, diretor da Escola Primária Nishimati, um homem de idéias ímpares e práticas sobre a educação e que era visto com desconfiança pelos mais conservadores. Os métodos de ensino daquela época confiavam fortemente em currículos fixos e na memorização de fatos irrelevantes. A educação era dificultada por restrições tradicionais e havia pouco campo para as mentalidades renovadoras.
Impulsivamente, Toda rogou a Makiguti que o empregasse, prometendo: “Transformarei mesmo as crianças mais atrasadas em excelentes alunos.” Makiguti aceitou-o como professor substituto. Assim, ele encontrou aquele que seria seu mestre por toda a vida. Jossei Toda tinha 19 aos, e Makiguti, 48. A partir daquele dia, trabalharam juntos em tudo, compartilhando alegrias e tristezas.
A obra Teoria do Sistema Educacional de Criação de Valores de Makiguti foi publicada em 18 de novembro de 1930, marcando o nascimento da Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de valores), a predecessora da Soka Gakkai. Era a primeira vez que o nome dessa organização aparecia impresso na ourela de um livro. Makiguti era seu presidente e Toda, o diretor geral.
Em 1939, irrompeu a Segunda Guerra Mundial resultante do choque de interesses entre as nações que dividiam o mercado internacional desde o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), somando às pretensões dos alemães de dominar o mundo.
Um ano após, o Japão aliou-se à Alemanha e à Itália e ocupou a Indochina em 1941. Sua expansão militar entrou em choque com os Estados Unidos e, em 7 de dezembro de 1941, os japoneses realizaram um ataque surpresa a Pearl Harbor, no Havaí.
À medida que o Japão avançava na guerra, o sofrimento do povo aumentava. O governo militarista japonês adorava a Deusa do Sol do xintoísmo. Na iminência de ser derrotado, defendia que a nação deveria se unir em uma só prece à deusa a fim de obter proteção. Assim, a nação japonesa tentou unificar todas as religiões, chegando a ponto de encorajar todos os cidadãos a adorarem a Deusa do Sol.
Tsunessaburo Makiguti opôs-se categoricamente ao governo, afirmando eu a nação seria destruída se continuasse a adorar a Deusa do Sol e a menosprezar o Sutra de Lótus.
Nem mesmo o clero da Nitiren Shoshu escapou desse pensamento distorcido e, com medo da investida militar, optou por aceitar o talismã xintoísta, que representava a adoração á deusa.
Em junto de 1943, os líderes da Soka Gakkai receberam uma ordem para irem ao Templo Principal. O clero da Nitiren Shoshu sugeriu que os membros da Soka Gakkai recebessem o talismã xintoísta de qualquer forma e que seguissem provisoriamente as normas militares.
Ao relatar essa época, Jossei Toda escreveu: “O presidente Makiguti rejeitou resolutamente a idéia de aceitar o talismã xintoísta e deixou o Templo Principal. No caminho de casa, ele me disse: ‘O que lamento não é o fato de uma religião ser arruinada, mas que nossa nação perecerá. Temo que o Buda esteja triste com esta situação. Não seria esta a época de advertir toda a nação? Eu não compreendo que o Templo Principal teme. (...)’.”
“O presidente Makiguti, eu próprio e nossos companheiros fomos proibidos de visitar o Templo Principal, e todo o Japão taxou nossas famílias de inimigas da nação. Foi como aconteceu, foram dias muito estranhos.” (2)
Em 6 de julho de 1943, Makiguti e Toda foram presos e encaminhados para o Centro de Detenção de Sugamo. Makiguti, fraco e desnutrido, faleceu na prisão em 18 de novembro de 1944. No dia anterior, ele havia se vestido cuidadosamente com trajes formais e pediu para ser levado ao ambulatório. “Eu não soube de imediato sobre a morte de meus mestre”, escreveu Toda. “A última vez que o vi foi no inverno de 1943, no posto policial onde estávamos presos. Fomos encarcerados em celas estreitas e individuais. (...)”
“Em 8 de janeiro de 1945, um ano e meio após ser preso, disseram-me que o Sr. Makiguti havia falecido. Quando retornei à minha cela, não pude conter as lágrimas.”
“Quase na mesma época da morte do presidente Makiguti, eu havia completado aproximadamente dois milhões de Daimoku e experimentei uma condição de vida profundamente mística graças à grande benevolência do Buda Original. Após isso, dediquei todo meu tempo a questionamentos, recitando Daimoku e sentindo a alegria por ter sido capaz de compreender o
Sutra de Lótus, que fora tão difícil de entender a princípio.”
“Enquanto estava sendo interrogado, fui informado de que a maioria de nossos companheiros havia abandonado a prática. Lamentei profundamente a fraca fé deles mas, ao mesmo tempo, experimentei a alegria da gratidão ao Dai-Gohonzon das profundezas de meu coração. Decidi dedicar toda minha vida ao Buda Original Nitiren Daishonin.” (3)
Da prisão ele escreveu uma carta de encorajamento a seu filho: “Seu pai não poderá vê-lo por um bom tempo. Desejo fazer um trato. Recite cem Daimoku ao Gohonzon numa hora determinada da manhã de acordo com sua conveniência. Nessa hora, seu pai também recitará cem vezes o Daimoku. Nesse ínterim, as ‘duas intenções’ se comunicarão como telégrafos sem fio. Assim poderemos conversar. Se seus avós e sua mãe desejarem acompanhá-lo, deixe-os à vontade.” (4)
Toda foi libertado em3 de julho de 1945, um mês antes do cessar-fogo. Tóquio estava em ruínas, e os membros da antiga Soka Kyoiku Gakkai estavam dispersos. Em seu coração, disse a seu mestre: “Nossa vida é eterna. Não há início nem fim para ela. Estou agora consciente de que todos nós aparecemos neste mundo com a grande missão de propagar os sete caracteres do Sutra de Lótus nos Últimos Dias da lei. Se fosse para nos definir, diria com convicção que todos nós somos Bodhisattvas da Terra.” (5)
Quando Toda saiu da prisão, estava com 45 anos de idade e pesava menos de 40 quilos. Antes de ser aprisionado, tinha quase 70 quilos. Estava desnutrido, com tuberculose, asma, cardiopatia, diabete hemorróida e reumatismo. Além disso, continuava a sofrer de diarréia crônica, doença característica dos desnutridos. Sua forte miopia reduziu terrivelmente a capacidade visual a ponto de quase perder uma das vistas.
A reconstrução seria uma tarefa difícil e solitária, mas ele não se deixou abalar. Nessa época, mudou seu nome para Jossei, que significa “sábio do Castelo”, nome que refletia a convicção de alguém que havia despertado para o propósito de sua vida.
O nome Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores) foi mudado para Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valores) refletindo a determinação de Toda de que a nova organização deveria transcender os objetivos puramente educacionais da sociedade, engajando-se de forma mais ativa no campo da cultura e tendo como objetivo básico a promoção da paz mundial.
No ano de 1947, Jossei Toda encontrou-se com Daisaku Ikeda, um jovem de 19 anos, que buscava uma verdadeira filosofia de vida. Adotando Toda como seu mestre, Ikeda abraçou seus ideais e se tornou seu discípulo imediato, dedicando-se à reconstrução da Soka Gakkai.
Nessa época, o Japão encontrava-se em séria crise financeira e a editora de Toda estava à beira da falência. Mesmo nessa situação, Daisaku Ikeda manteve-se fiel a Toda e continuou trabalhando ao seu lado.
As críticas que recaíam sobre Jossei Toda e a Soka Gakkai eram constantes. Dessa forma, com o sentimento de bradar pela verdade e justiça e de propagar o ideal da paz para todo o Japão e os povos da Ásia, Toda lançou o desafio de criar um jornal — o Seikyo Shimbun.
Juntamente com Daisaku Ikeda, Toda publicou a primeira edição do jornal em 20 de abril de 1951. Inicialmente, o periódico era constituído de uma única folha impressa, com uma tiragem de 5 mil cópias e publicado a cada dez dias. Hoje a tiragem do Seikyo Shimbun ultrapassa 5,5 milhões de exemplares.
Pouco depois, em 3 de maio de 1951, Toda tornou-se o segundo presidente da Soka Gakkai.
Ele viveu num ritmo alucinante a fim de reconstruir a Soka Gakkai. Edificou organizações de base, realizou reuniões de palestra por todas as partes do Japão, orientou os membros sobre diversos assuntos, fez visitas às famílias e fundou as Divisões das Senhoras, das Moças e dos Rapazes.
Ainda no ano de 1951, visando a comemorar os setecentos anos do estabelecimento do Verdadeiro Budismo, Toda anunciou o projeto de publicação das escrituras completas de Nitiren Daishonin (Gosho). Com o auxílio de seu discípulo, Daisaku Ikeda, a obra foi lançada em 28 de abril de 1952.
Em 1953, observando o desenvolvimento da organização, Toda desejava que Makiguti estivesse vivo para ver como a pequena sociedade que fundara havia crescido, tornando-se uma organização de 50 mil famílias. Constantemente, dizia: “Quero acabar com a miséria da face da Terra.”
Quando Toda tinha dois anos, sua família viu-se obrigada a abandonar o comércio marítimo e a buscar uma nova vida no vilarejo pesqueiro de Atsuta, em Hokkaido, na costa selvagem e tempestuosa do norte do Mar do Japão.
Toda cresceu numa casa simples de madeira próxima do Rio Atsuta. Da janela do quarto onde costumava estudar, apreciava a magnífica vista do oceano. Em certa ocasião, ele disse: “Esta é minha amada praia (1). Fui criado por este mar e pela rigorosidade da natureza.” No inverno, podia-se ouvir o ruído dos pingentes de gelo que caíam. Toda sempre ansiava pela primavera e se sentia feliz quando ela finalmente chegava.
Sabendo que as groselhas eram abundantes na nascente do Rio Atsuta, ia visitar os agricultores rio acima, carregando com ele um pacote de algas marinhas. Trocava-as por groselhas, que por sua vez vendia, usando o dinheiro para comprar presentes para seus pais.
Aos oito anos, perdeu o irmão mais velho. A morte chocou-o profundamente e deixou nele uma impressão duradoura. Pelo resto da vida, não conseguiu deixar de lado a preocupação com as grandes questões da vida e da morte. Ainda criança, esses problemas começaram a tomar forma em sua mente.
Toda foi um menino inteligente e sensível, apesar de não ter sido robusto. Demonstrou grande inclinação para os estudos, e particularmente era hábil em álgebra. Nos níveis superiores era freqüentemente chamado para substituir o professor nas aulas. Concluiu com honra o curso na Escola Atsuta, em 1914, mas não pôde continuar os estudos. Embora o diretor da escola e outros amigos lamentassem sua saída, ele foi obrigado a trabalhar para ajudar no sustento da família.
Devido às condições financeiras, Toda possuía poucos livros. Ao visitar seu professor, ficava admirado ao ver as estantes enfileiradas de livros sobre literatura e filosofia.
Certa ocasião, seu professor questionou-o por que não tentava ler todos, dizendo que os emprestaria um de cada vez até que todas as suas estantes ficassem vazias. Todos os dias, Jossei Toda lia avidamente seus livros. Quando adulto, manifestou que tudo o que era devia a esse grande incentivo recebido.
Para retribuir ao professor, resolveu doar livros para as escolas de Atsuta, surgindo desse ato a tradição da Soka Gakkai de doar livros para bibliotecas de escolas e universidades para promover a educação e a cultura.
Em 1915, entrou como aprendiz na Companhia Kokoro de Saporo, no ramo de atacado de roupas, papelaria e miudezas. Embora o ambiente fosse pouco favorável aos estudos, aproveitava todos os momentos vagos para ler. Dois anos depois, apesar de não possuir curso superior, passou nos exames que lhe davam crédito para professor primário assistente. Em 1918, começou formalmente sua carreira na educação, lecionando na sexta série da Escola Primária Mayati, na desolada região de minas de carvão de Yubari. Toda morava na casa de um mineiro e a família de um dos alunos lhe oferecia as refeições. Embora fosse rigoroso, seus alunos tinham grande carinho por ele e invadiam sua pequena sala após as aulas para estudar e brincar. Apesar de ter permanecido ali por pouco tempo, deixou uma profunda impressão nas crianças, mesmo muitos anos depois, já adultas, ainda se lembrariam dele com afeição.
Enquanto ensinava, Toda dedicava-se a seus próprios estudos e, nos dois anos seguintes, passou nos exames que o habilitariam a lecionar Química, Física, Geometria, Álgebra e matérias regulares do primário. Em 1920, Toda conseguiu firmar-se como professor, mas o vilarejo pobre e distante era muito pequeno para conter suas esperanças. Em março, após se despedir de seus pais, ele partiu para Tóquio.
Seus primeiros meses na capital foram desencorajadores. Sem encontrar cargo no magistério, teve de trabalhar como office boy, além de executar outros serviços temporários. O que o atormentava acima de tudo, mais do que as dificuldades financeiras, foi não ter um mestre que lhe possibilitasse estabelecer visões corretas da vida.
Naquela época, passou a se chamar Jogai, que significa “fora do castelo”. Sem um mestre, ele sentia toa a solidão de um samurai sem um lorde a quem prestar lealdade.
Em meados de agosto, foi apresentado a Tsunessaburo Makiguti, diretor da Escola Primária Nishimati, um homem de idéias ímpares e práticas sobre a educação e que era visto com desconfiança pelos mais conservadores. Os métodos de ensino daquela época confiavam fortemente em currículos fixos e na memorização de fatos irrelevantes. A educação era dificultada por restrições tradicionais e havia pouco campo para as mentalidades renovadoras.
Impulsivamente, Toda rogou a Makiguti que o empregasse, prometendo: “Transformarei mesmo as crianças mais atrasadas em excelentes alunos.” Makiguti aceitou-o como professor substituto. Assim, ele encontrou aquele que seria seu mestre por toda a vida. Jossei Toda tinha 19 aos, e Makiguti, 48. A partir daquele dia, trabalharam juntos em tudo, compartilhando alegrias e tristezas.
A obra Teoria do Sistema Educacional de Criação de Valores de Makiguti foi publicada em 18 de novembro de 1930, marcando o nascimento da Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de valores), a predecessora da Soka Gakkai. Era a primeira vez que o nome dessa organização aparecia impresso na ourela de um livro. Makiguti era seu presidente e Toda, o diretor geral.
Em 1939, irrompeu a Segunda Guerra Mundial resultante do choque de interesses entre as nações que dividiam o mercado internacional desde o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), somando às pretensões dos alemães de dominar o mundo.
Um ano após, o Japão aliou-se à Alemanha e à Itália e ocupou a Indochina em 1941. Sua expansão militar entrou em choque com os Estados Unidos e, em 7 de dezembro de 1941, os japoneses realizaram um ataque surpresa a Pearl Harbor, no Havaí.
À medida que o Japão avançava na guerra, o sofrimento do povo aumentava. O governo militarista japonês adorava a Deusa do Sol do xintoísmo. Na iminência de ser derrotado, defendia que a nação deveria se unir em uma só prece à deusa a fim de obter proteção. Assim, a nação japonesa tentou unificar todas as religiões, chegando a ponto de encorajar todos os cidadãos a adorarem a Deusa do Sol.
Tsunessaburo Makiguti opôs-se categoricamente ao governo, afirmando eu a nação seria destruída se continuasse a adorar a Deusa do Sol e a menosprezar o Sutra de Lótus.
Nem mesmo o clero da Nitiren Shoshu escapou desse pensamento distorcido e, com medo da investida militar, optou por aceitar o talismã xintoísta, que representava a adoração á deusa.
Em junto de 1943, os líderes da Soka Gakkai receberam uma ordem para irem ao Templo Principal. O clero da Nitiren Shoshu sugeriu que os membros da Soka Gakkai recebessem o talismã xintoísta de qualquer forma e que seguissem provisoriamente as normas militares.
Ao relatar essa época, Jossei Toda escreveu: “O presidente Makiguti rejeitou resolutamente a idéia de aceitar o talismã xintoísta e deixou o Templo Principal. No caminho de casa, ele me disse: ‘O que lamento não é o fato de uma religião ser arruinada, mas que nossa nação perecerá. Temo que o Buda esteja triste com esta situação. Não seria esta a época de advertir toda a nação? Eu não compreendo que o Templo Principal teme. (...)’.”
“O presidente Makiguti, eu próprio e nossos companheiros fomos proibidos de visitar o Templo Principal, e todo o Japão taxou nossas famílias de inimigas da nação. Foi como aconteceu, foram dias muito estranhos.” (2)
Em 6 de julho de 1943, Makiguti e Toda foram presos e encaminhados para o Centro de Detenção de Sugamo. Makiguti, fraco e desnutrido, faleceu na prisão em 18 de novembro de 1944. No dia anterior, ele havia se vestido cuidadosamente com trajes formais e pediu para ser levado ao ambulatório. “Eu não soube de imediato sobre a morte de meus mestre”, escreveu Toda. “A última vez que o vi foi no inverno de 1943, no posto policial onde estávamos presos. Fomos encarcerados em celas estreitas e individuais. (...)”
“Em 8 de janeiro de 1945, um ano e meio após ser preso, disseram-me que o Sr. Makiguti havia falecido. Quando retornei à minha cela, não pude conter as lágrimas.”
“Quase na mesma época da morte do presidente Makiguti, eu havia completado aproximadamente dois milhões de Daimoku e experimentei uma condição de vida profundamente mística graças à grande benevolência do Buda Original. Após isso, dediquei todo meu tempo a questionamentos, recitando Daimoku e sentindo a alegria por ter sido capaz de compreender o
Sutra de Lótus, que fora tão difícil de entender a princípio.”
“Enquanto estava sendo interrogado, fui informado de que a maioria de nossos companheiros havia abandonado a prática. Lamentei profundamente a fraca fé deles mas, ao mesmo tempo, experimentei a alegria da gratidão ao Dai-Gohonzon das profundezas de meu coração. Decidi dedicar toda minha vida ao Buda Original Nitiren Daishonin.” (3)
Da prisão ele escreveu uma carta de encorajamento a seu filho: “Seu pai não poderá vê-lo por um bom tempo. Desejo fazer um trato. Recite cem Daimoku ao Gohonzon numa hora determinada da manhã de acordo com sua conveniência. Nessa hora, seu pai também recitará cem vezes o Daimoku. Nesse ínterim, as ‘duas intenções’ se comunicarão como telégrafos sem fio. Assim poderemos conversar. Se seus avós e sua mãe desejarem acompanhá-lo, deixe-os à vontade.” (4)
Toda foi libertado em3 de julho de 1945, um mês antes do cessar-fogo. Tóquio estava em ruínas, e os membros da antiga Soka Kyoiku Gakkai estavam dispersos. Em seu coração, disse a seu mestre: “Nossa vida é eterna. Não há início nem fim para ela. Estou agora consciente de que todos nós aparecemos neste mundo com a grande missão de propagar os sete caracteres do Sutra de Lótus nos Últimos Dias da lei. Se fosse para nos definir, diria com convicção que todos nós somos Bodhisattvas da Terra.” (5)
Quando Toda saiu da prisão, estava com 45 anos de idade e pesava menos de 40 quilos. Antes de ser aprisionado, tinha quase 70 quilos. Estava desnutrido, com tuberculose, asma, cardiopatia, diabete hemorróida e reumatismo. Além disso, continuava a sofrer de diarréia crônica, doença característica dos desnutridos. Sua forte miopia reduziu terrivelmente a capacidade visual a ponto de quase perder uma das vistas.
A reconstrução seria uma tarefa difícil e solitária, mas ele não se deixou abalar. Nessa época, mudou seu nome para Jossei, que significa “sábio do Castelo”, nome que refletia a convicção de alguém que havia despertado para o propósito de sua vida.
O nome Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores) foi mudado para Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valores) refletindo a determinação de Toda de que a nova organização deveria transcender os objetivos puramente educacionais da sociedade, engajando-se de forma mais ativa no campo da cultura e tendo como objetivo básico a promoção da paz mundial.
No ano de 1947, Jossei Toda encontrou-se com Daisaku Ikeda, um jovem de 19 anos, que buscava uma verdadeira filosofia de vida. Adotando Toda como seu mestre, Ikeda abraçou seus ideais e se tornou seu discípulo imediato, dedicando-se à reconstrução da Soka Gakkai.
Nessa época, o Japão encontrava-se em séria crise financeira e a editora de Toda estava à beira da falência. Mesmo nessa situação, Daisaku Ikeda manteve-se fiel a Toda e continuou trabalhando ao seu lado.
As críticas que recaíam sobre Jossei Toda e a Soka Gakkai eram constantes. Dessa forma, com o sentimento de bradar pela verdade e justiça e de propagar o ideal da paz para todo o Japão e os povos da Ásia, Toda lançou o desafio de criar um jornal — o Seikyo Shimbun.
Juntamente com Daisaku Ikeda, Toda publicou a primeira edição do jornal em 20 de abril de 1951. Inicialmente, o periódico era constituído de uma única folha impressa, com uma tiragem de 5 mil cópias e publicado a cada dez dias. Hoje a tiragem do Seikyo Shimbun ultrapassa 5,5 milhões de exemplares.
Pouco depois, em 3 de maio de 1951, Toda tornou-se o segundo presidente da Soka Gakkai.
Ele viveu num ritmo alucinante a fim de reconstruir a Soka Gakkai. Edificou organizações de base, realizou reuniões de palestra por todas as partes do Japão, orientou os membros sobre diversos assuntos, fez visitas às famílias e fundou as Divisões das Senhoras, das Moças e dos Rapazes.
Ainda no ano de 1951, visando a comemorar os setecentos anos do estabelecimento do Verdadeiro Budismo, Toda anunciou o projeto de publicação das escrituras completas de Nitiren Daishonin (Gosho). Com o auxílio de seu discípulo, Daisaku Ikeda, a obra foi lançada em 28 de abril de 1952.
Em 1953, observando o desenvolvimento da organização, Toda desejava que Makiguti estivesse vivo para ver como a pequena sociedade que fundara havia crescido, tornando-se uma organização de 50 mil famílias. Constantemente, dizia: “Quero acabar com a miséria da face da Terra.”
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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